
Quem fez das nuvens do Céu o seu lar,
e nas asas do vento então cavalgava,
sentindo o calor do sol lhe tocar,
enquanto no céu seus vôos alçava.
Buscava na Terra algo encontrar,
O seu peito ardia, algo ele ansiava.
Vencia florestas, atravessou o mar.
E cuidou encontrar o que tanto buscava.
Se enganou e pensou – “Já não vou mais voar.
E tão tola busca eu irei esquecer.
O que tanto busco não vou encontrar,
sem asas estou, me cansei de sofrer.”
Então certa noite olhando a Lua,
sentiu o seu brilho lhe enfeitiçar,
ouvia uma voz ecoando na rua,
que lhe convidava a de novo voar.
“Nenhuma busca é tola se ainda tens vida.
Nenhum caminho é inútil se podes sonhar.
Toda grande jornada traz consigo a partida,
mas no fim há o melhor onde irás repousar”.
O Anjo sorriu e suas Asas abria,
E buscando a Lua voltou a voar.
E enquanto a olhava lhe agradecia,
devolvera a ele razão pra sonhar.
E fez das nuvens do Céu o seu lar.
Um comentário:
Caro amigo.
Que poema profundo... caracteriza que a esperança sempre se renova. Ela está presente sempre. Mas como é inerente do ser humano procurar a lua escura para esconder-se, e não deixando que os raios solares aquecem o coração.
Surpreendeu-nos!
Bjsss
Postar um comentário