terça-feira, 29 de maio de 2012

Desabafo de um Vencedor

Quando enfim se encerrar minha trajetória
nessa vida de loucura e penar
Quando tudo não passar de uma memória,
eu direi valeu a pena esperar.

Valeu a pena toda lágrima vertida,
o caminho regado a pranto e suor.
Por que nada se encerra com a partida,
tem-se início uma vida bem melhor

Um lugar onde o choro não existe.
E não importa mais o sangue derramado.
Onde sorrirá aquele que foi triste.
É o lugar que pra mim foi preparado

Eu anseio como nunca esse momento,
onde enfim será liberta minha Alma.
Se porá um termo em todo sofrimento,
e assim mergulharei num mar de calma

Pois quando enfim se encerrar minha trajetória
nessa vida de loucura e penar
Quando tudo não passar de uma memória,
eu direi valeu a pena esperar.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pátria, Mãe Gentil




“Dos Filhos deste solo és Mãe gentil”
Diz a letra da canção a qual cantamos.
E onde estão seus filhos, oh Brasil?
Quantos são, e onde é que os encontramos?

Os teus filhos pelas ruas passam fome,
Sem amor, são tratados como bicho.
Sem um lar, sem emprego, não tem nome,
Co’ animais se saciam com o lixo.

Estão jogados aos montões em cada esquina,
Lhes importa somente sobreviver.
E assim prosseguir com sua sina
de quem já não tem nada a perder.

Suas filhas vendem os corpos e a esperança
Se oferecem a todos na madrugada
Não souberam nem mesmo o que é ser criança
Muito cedo sua infância foi roubada.

Os seus velhos oh Brasil, veja sua sorte,
esquecidos no canto de um quarto imundo.
Que trabalharam tanto pra fazer-te forte,
Lhes vira a cara o os chamas de vagabundos.

De tuas crianças por favor tem piedade,
lhes afaste do poder da violência.
Que elas possam conhecer o que é bondade,
e assim preservar sua inocência.

“Dos Filhos deste solo és Mãe gentil”
Diz a letra da canção a qual cantamos.
E onde estão seus filhos, oh Brasil?
Quantos são, e onde é que os encontramos?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Arlequim, Colombina e Pierrot




Se tu és minha Colombina
Serei sempre Arlequim
Pois já sei que minha sina
É te ter sempre pra mim

Cada sorriso no meu rosto
É inteiramente ao teu louvor.
Dos teus beijos quero o gosto
Me perder em seu Amor.

E se tu és meu Arlequim
Colombina sou pra ti
Pois quando vieste a mim
Por completo me perdi

O meu mundo então virou
Desde quando te olhei
Tudo em mim se transformou
Logo me apaixonei.

Já eu Pierrot não tenho sorte
Nessa vida malfadada
Pois de todo anseio a morte
A viver sem minha amada

Colombina não me ama,
E mais que tudo eu a quero
Por Arlequim é que ela chama
E por ela eu espero.









terça-feira, 22 de maio de 2012

Repouso



Já cansado das agruras dessa vida
Sinto que minha alma anseia descansar
Encontrar enfim em algum lugar guarida
Ter finalmente onde repousar

Ela clama por descanso e paz
Onde dor ou pranto já não existirão.
E lágrimas enfim não existem mais
E as tristezas finalmente cessarão

E espera o fim desses caminhos
Onde errante ela se perdia
E ferida muitas vezes nos espinhos.
Em sua jornada assim ela sofria.

Ela anseia o momento da partida,
quando a luz dos seus olhos se apagar
E espera enfim sua despedida,
dessa vida de penúria e pesar.






segunda-feira, 21 de maio de 2012

Reminiscências




Tenho saudades do que não vivi.
Dos beijos que nunca provei.
Dos toques que nunca senti.
De alguém que nunca amei.

Quero a música que nunca ouvi.
E o luar que nunca existiu.
O verso que nunca escrevi.
Aquilo que meu olho não viu.

Quero de volta o que não foi meu
O carinho nunca sentido
O sol que ainda não nasceu
Quero achar o que não foi perdido

Quero viver o que não sonhei
Relembrar o que nunca esqueci
E um dia dizer que amei
Aquilo que nunca vi.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Incoerência



Acaso enlouquece aquele que ama?
Perde a Razão o que se enamora?
Se joga sem medo em meio a uma chama.
Se entrega a alguém que um dia vai embora.

O Amor que nos faz de um abismo saltar,
Sem ter o receio que possamos cair
O Amor que nos dá Asas para voar,
E faz te no outro razão pra existir.

O Amor que nos leva rumo à loucura.
E faz ver-nos livres estando cativos.
Que nos faz desejar sua doce tortura.
E morrendo de Amor, julgar estar vivos

Que nos torna do outro assim tão dependente
Que a simples distância já nos causa dor.
Que faz-nos ter vida no outro somente.
Incoerente e Belo, assim é o Amor.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Pesadelo


Desperto toda noite assustado.
Ouço passos, vozes e gemidos.
O lamento do grito desesperado.
A dor daqueles que estão perdidos.

Pela noite o assombro é então reinante.
A loucura minha alma desespera.
A agonia no meu peito é sufocante.
Vai-se embora todo o sonho e quimera.

Dessa forma o tempo então se arrasta.
A cada hora só aumenta minha tortura.
A Razão aos poucos de mim se afasta.
O que aumenta ainda mais a minha agrura.

Enlouqueço a cada instante, é inegável.
A demência de minha mente se apodera.
Já me tornei uma figura execrável.
Indo ao encontro do destino que me espera.

Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.