segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ela

Ela traz a luz, faz surgir ondas no mar.
Simplesmente essencial, vivo por seu respirar.
Do seu sopro faz-se vento, do seu choro temporal.
Em seu beijo há doçuras e delícias sem igual.

Sua voz é o murmúrio de um rio a correr
Em seu corpo mil caminhos onde quero me perder.

Vou beber de sua fonte, que emana só pra mim.
Quero estar sempre ao seu lado e gozar amor sem fim.
Ao seu lado, o tempo para. Não importa mais a hora

E nela se confundem o ontem, o amanhã e o agora.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Alquimista

Abrir mão de sua própria estética.
Pra fazer uma poesia antiética.
E ser livre em seu versejar.

Dizer não a uma forma hermética.
Não importando a sílaba poética.
Ou a língua se é culta ou vulgar.

Experimenta como um alquimista.
Algo faz com que ele persista.
Mago das palavras, assim se define.

Quando transforma em canto seu alarido,
e assim modifica o sentido
das palavras que em cada verso imprime.

Carpen Diem II (Para Uma Amiga que Quase Morreu)



Aproveite o dia minha criança.
Se podes aproveita do sol o calor.
Por que o que fica são somente lembranças.
E a vida que tens passará com o vapor.

Nosso fio de vida aqui é tão frágil,
e são tantas as coisas que nossa alma anseia.
Esquece que o tempo, que aqui passa é ágil.
Como o vento que sopra, carrega a areia.

A vida é um fio que logo é cortado,
a vida é um sopro, como um respirar.
Como no teatro quando desce o pano,
é como um rio que corre pro mar.
Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.