terça-feira, 26 de março de 2013

O Rei dos Tolos

Eu sou rei.
Um rei sem coroa, brasão ou rainha.
Sem uma terra que possa ser minha.
Sem um trono pra poder descansar.

Eu sou rei.
De um castelo de cartas marcadas.
Que embora não empunhe  espada,
eu persisto, e insisto em lutar.

Eu sou rei.
Desprovido de qualquer majestade.
Que prefere a própria verdade,
mesmo parecendo ilusão.

Eu sou rei.
Que vê gigantes em moinhos de vento.
Que transforma em eterno um momento,
e o guarda em seu coração.

Eu sou rei.
E não tenho cavalo ou escudo,
e mesmo sem isso tudo,
sigo em frente pois sei
que dos tolos eu sou o rei.









segunda-feira, 18 de março de 2013

Mensagem Angelical




Não chore criança, levanta a cabeça.
Eu sei que é difícil, mas tente sorrir.
Levante seus olhos e nunca se esqueça,
que pra se chegar é preciso partir.

Não chore criança, confia e espera.
Que a qualquer instante tudo vai mudar.
Se a vida não é só belas quimeras
Tristeza eterna também não será.

Não chore criança, levanta e caminha.
Esquece de todo o que é passado.
Não chores criança, não estás sozinha,
Pois a todo tempo estou ao teu lado.

Tiros na Escuridão


Tiros na escuridão.
Outra vida que se vai,
mais um corpo estirado no chão.
O sangue que se esvai,
Violência sem razão.

Tiros na escuridão.
O corpo inerte jogado,
não houve absolvição.
Foi pelos seus pares julgado.
Pra cada ato praticado,
delito e condenação.

Tiros na escuridão.
Em volta o povo comenta
quebrando assim sua rotina.
E quem nada sabe inventa,
expõe aquilo que imagina.
E quem está presente observa,
A cena que a todos choca
e ao mesmo tempo fascina.

Tiros na escuridão.
Um novo dia chegou,
tudo já está normal,
não há mais preocupação.
A vida segue seu rumo,
até que de novo se escuta
mais tiros na escuridão.

sábado, 9 de março de 2013

A Libertação da Poesia

Perdeu neguinho, fica na tua e não fala nada.
Nem mesmo se mexa, fica quietinho e mãos ao alto.
Se você não entende, é a poesia invadindo a quebrada
Detonando tudo, tomando a rua de assalto.

Já não é mais aquela dama dos salões nobres
Que a muitos confunde e a alguns poucos fascina
Deixou de lado a empáfia e hoje se mistura aos pobres
E é encontrada nos morros, nos bares e na esquina.

E gosta do pandeiro, do batuque da roda de samba.
Se diverte ouvindo a sanfona gemer no baião.
Ela canta e sorri, à  vontade em casa de bamba
Sem pudor se requebra ao som do forró no salão.

Já não quer mais pompa, luxo ou riqueza.
E sendo assim é feliz de verdade.
No que é comum enxerga a Beleza.
Naquilo que é simples achou liberdade

Perdeu neguinho, fica na tua e não fala nada.
Nem mesmo se mexa, fica quietinho e mãos ao alto.
Se você não entende, é a poesia invadindo a quebrada
Detonando tudo, tomando a rua de assalto.

domingo, 3 de março de 2013

Rosa e o Beija-Flor II


O Beija-Flor  tocou a Rosa
e com carinho então a beijou.
E como quem de seu néctar goza
encontra aquilo que sempre sonhou.

E a cada Pétala beija com calma,
buscando  dela beber todo o mel.
E somente dela sacia sua alma,
E deseja leva-la consigo ao céu.

Deseja  então o tempo parasse
Que pudesse pra sempre seu mel desfrutar.
Não queria que aquele momento acabasse
Queria com ela pra sempre estar.

A Rosa então ao seu chamado cede,
e mesmo ele sem nada dizer.
Ela a ele tudo concede,
 e ambos deliram enfim de prazer.
Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.