terça-feira, 25 de outubro de 2011

Canção do Desapego

Não importa se tua voz já não escuto.
Nem se seu cantar aqui já não ecoa.
Desisti do pranto, choro, dor e luto.
Finalmente aprendi que o tempo voa.

Não importa mais onde estás agora.
E nem mesmo se ainda pensa em mim
Não me importo se quiseres ir embora.
Nem se tudo que passou tiver um fim.

Não farei um relicário do passado.
E nem santificarei lembranças vis.
Não mais me iludirei que fui amado.
Agora vejo que fui infeliz.

Não mais chorarei pelo que não tive.
O meu sonho de antes desvaneceu.
Finalmente entendi e hoje sou livre.
Não se pode perder o que não é seu


domingo, 23 de outubro de 2011

Canção do Esquecimento


Esquece, pois as noites mal dormidas,
e as horas de pranto incontido.
Os encontros, desencontros e partidas.
Desencanto pelo sonho não vivido.

Esquece, pois toda vã esperança.
Esquece também seus desamores.
Desapega-te de toda vil lembrança.
Se liberte, pois de todas suas dores.

Esquece, pois o sangue derramado
nas batalhas ao longo do caminho.
Apaga da tua mente o que é passado.
Esquece, pois que sempre andou sozinho.

Esquece, pois assim de sua essência.
Das agruras dessa vida sem sentido.
Esquece então enfim de sua existência,
pois por muitos já foste esquecido.

sábado, 22 de outubro de 2011

Canção da Partida


 "O que o mar trás
O próprio mar leva"
Rômulo Narducci



Vai, toma teu rumo e simplesmente parte.
E não olhes atrás neste seu caminho.
Se o que tu buscas é um pouco de paz,
comece aceitando que estás sozinho.

Vai, toma teu rumo e simplesmente parte.
Esquece os sorrisos, a saudade enterra.
Tente ignorar essa dor que te invade.
E toda tua lágrima em teu peito encerra.

Vai, toma teu rumo e simplesmente parte.
Pois para ficar já não há mais razão.
Dos sonhos de outrora nenhum se firmou.
E já te roubaram toda ilusão.

Vai, toma teu rumo e simplesmente parte.
Esqueça seus medos, esse abismo salta,
Leve bem guardados todos seus segredos,
e jamais esperes que sintam tua falta.

Então vai, toma teu rumo e parte...
Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.