quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Espera

Já meus olhos se cansam de procurar
no horizonte um sinal de sua vinda.
E na vil esperança de te achar
te espero, uma vez, mais e ainda.

Passam horas, passam os dias a voar.
Já o Tempo se torna meu inimigo.
Pois parece divertir-se em me roubar
momentos que eu deveria estar contigo.

Sua voz quero ouvir no som das águas.
E no fogo seu calor que me inflama.
Ter na pele seu toque que me afaga,
Ter seu corpo nu deitado em minha cama.

Nasço e morro, sinto que não existo.
Estando longe somente me entristeço.
E vivo me perguntando por que insisto
em sentir falta de alguém que não conheço.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oração II

Dos meus atos volto arrependido,
por sua Graça implorando humildemente.
Pois bem sei que já tenho delinqüido,
teu Perdão eu imploro tão somente.

Se com minhas atitudes lhe entristeço.
E magôo o seu nobre Coração.
Sei que seu amor por mim eu não mereço.
Eu por isso eu lhe rogo, compaixão.

E das vezes que errei perdi a conta,
quando para o erro eu fui impelido.
Mas a Luz que brilha em ti que me aponta
o Caminho se no escuro estou perdido.

E por isso oh Senhor tenho a certeza
que eu posso repousar em seu abraço.
Pois se enxergas da minh’alma a fraqueza,
fortaleza eu encontro no seu braço.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Auto-Retrato

Eu que sou filho do Caos e da Agonia.
E fui forjado no fogo do Desespero.
Que em minhas dores não encontro anistia.
E dos Insanos muitas vezes o primeiro.

Eu que me pareço co’ uma estrela já caída.
Que não encontra mais no céu sua morada.
De sua luz foi totalmente desprovida,
e não espera enfim a luz da Alvorada.

Que minhas dores quase nunca transpareço,
e as escondo sob um rosto impassivo.
Que meus gemidos quase sempre emudeço
sob  máscara da alegria de estar vivo.

Que não agüento mais a dor dessa tortura.
Nem as horas infindáveis de agonia.
Que toda noite deita em busca da procura
da bela graça de não ver a luz do Dia.


Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.