quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Canção da Permanência (Inspirado no poema Escrito na Chuva 28)



Fica aqui comigo.
Permanece agora, amanhã e sempre,
olha nos meus olhos e diga que entende
essa ânsia que eu tenho de estar contigo.
Fica aqui comigo.
Não me deixes só nem por um momento.
Pois em meio a tempestade, chuva e vento,
seu abraço que me serve de abrigo.
Fica aqui comigo.
Larga tudo agora e vem, chega mais perto.
Pois a muito ando só nesse deserto,
E me sinto assim sem ter você, perdido.
Fica aqui comigo.
Não espere nem mesmo apenas um segundo,
pois você que já faz parte do meu mundo,
é a Estrela que não me deixa estar perdido.
Vem agora então, e fica aqui comigo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Estranhamento



Ontem fui todo desejo,
hoje não sou nem saudade.
Não quero nem mesmo lembranças
daquilo que foi minha verdade.
Ontem fui todo esperança,
Hoje nem mesmo espera.
Dispenso falsas promessas.
Não creio em tão bela quimera.
Ontem fui todo alegria,
hoje não sou nem canção.
Da vida o vinho mais amargo,
tem sido este meu quinhão.
Ontem fui todo abrigo,
hoje não sou nem carinho.
Se afaste de mim, eu lhe peço
Pois sigo melhor sozinho
Ontem era todo certeza,
hoje não sei onde vou.
Ontem vivia em você
hoje não sei mais quem sou.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Poesia Angelical: Canto Fúnebre

Poesia Angelical: Canto Fúnebre: Ninguém irá ao teu velório, Tu não terá uma despedida. De um tempo duro e tão inglório no dia último de sua vida. Quando o ceif...

Canto Fúnebre

Ninguém irá ao teu velório,
Tu não terá uma despedida.
De um tempo duro e tão inglório
no dia último de sua vida.

Quando o ceifeiro vier cobrar
de sua vida a justa paga.
Quando sentir então o gelar
da mão da Morte que lhe afaga.

Não ouvirás tão doce canto,
na triste hora de sua partida
quando da vida perder e essência.

Nem voz de choro será ouvida,
ou derramado o penoso pranto
no anoitecer de sua existência

sábado, 5 de novembro de 2011

Por Hoje, Livre...

Vou deixar de lado a métrica dos versos e a rima.
Danem-se quartetos, tercetos, bárbaros e alexandrinos.
Que suma tudo que lembre forma ou formatação.
Por hoje quero ser livre.
pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje quero dar as costas à todas as regras,
esquecer as sílabas poéticas e versos de ouro.
Por hoje quero ser livre.
Pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje deixarei de lado a angústia, a dor e a agonia,
temas constantes em meu pobre versejar,
não celebrarei tristezas,
nem construirei altares pra solidão.
Por hoje quero ser livre,
pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje esquecerei a saudade, e a apatia.
Cortarei as amarras, quebrarei as correntes e algemas.
Lançarei fora o que me limita, cega e prende,
Por hoje quero ser livre.
Pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje ignoro sorrisos falsos,
abraços fingidos e hipocrisia.
Abro mão de cortesia, simpatia forçada
e do manter as aparências.
Por hoje quero ser livre,
Pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje esquecerei beijos, olhares e toques,
desejos reprimidos e vontades,
esquecerei a raiva e os sonhos mortos.
Por hoje esquecerei você
e serei finalmente livre.
Pelo menos aqui, em meus versos...




Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.