sábado, 5 de novembro de 2011

Por Hoje, Livre...

Vou deixar de lado a métrica dos versos e a rima.
Danem-se quartetos, tercetos, bárbaros e alexandrinos.
Que suma tudo que lembre forma ou formatação.
Por hoje quero ser livre.
pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje quero dar as costas à todas as regras,
esquecer as sílabas poéticas e versos de ouro.
Por hoje quero ser livre.
Pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje deixarei de lado a angústia, a dor e a agonia,
temas constantes em meu pobre versejar,
não celebrarei tristezas,
nem construirei altares pra solidão.
Por hoje quero ser livre,
pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje esquecerei a saudade, e a apatia.
Cortarei as amarras, quebrarei as correntes e algemas.
Lançarei fora o que me limita, cega e prende,
Por hoje quero ser livre.
Pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje ignoro sorrisos falsos,
abraços fingidos e hipocrisia.
Abro mão de cortesia, simpatia forçada
e do manter as aparências.
Por hoje quero ser livre,
Pelo menos aqui, em meus versos.
Por hoje esquecerei beijos, olhares e toques,
desejos reprimidos e vontades,
esquecerei a raiva e os sonhos mortos.
Por hoje esquecerei você
e serei finalmente livre.
Pelo menos aqui, em meus versos...




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Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.