terça-feira, 13 de setembro de 2011

Auto-Retrato

Eu que sou filho do Caos e da Agonia.
E fui forjado no fogo do Desespero.
Que em minhas dores não encontro anistia.
E dos Insanos muitas vezes o primeiro.

Eu que me pareço co’ uma estrela já caída.
Que não encontra mais no céu sua morada.
De sua luz foi totalmente desprovida,
e não espera enfim a luz da Alvorada.

Que minhas dores quase nunca transpareço,
e as escondo sob um rosto impassivo.
Que meus gemidos quase sempre emudeço
sob  máscara da alegria de estar vivo.

Que não agüento mais a dor dessa tortura.
Nem as horas infindáveis de agonia.
Que toda noite deita em busca da procura
da bela graça de não ver a luz do Dia.


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Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.