segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sina(ou despertar do sonho)



Subitamente do sonho desperto,
vieste a mim como o sopro do vento.
Contudo foi bom senti-la bem perto,
tomar-te em meus braços só por um momento.

Da ilusão dos sentidos enfim retomado.
Sou hoje obrigado a encarar a verdade.
No entanto foi bom sentir-me amado.
E fazer deste sonho minha realidade.

Desejei-te tanto, e de forma tão louca,
que já em minha vida nada mais importava.
só queria ouvir saindo de sua boca
Sua doce voz dizendo do que me amava.

Pensei que a Paixão tão somente bastava.
E que este a amor tudo venceria.
E hoje eu vejo como me enganava,
pois não era tão forte a chama que ardia.

E então que me resta? Seguir em frente.
De cabeça erguida encarar minha Sina.
Porque não importa a dor que se sente,
pois a dor como o Sonho um dia termina

4 comentários:

guímel disse...

Querido Arcanjo!

Poema perfeito, digno de um poeta.
Sina ou despertar do sonho? Acredito que não é uma coisa nem outra, vc saiu foi de um pesadelo!! Os desencantos são espelhos distorcidos. Às vezes, acontecem certas situações que somos colocados de frente com ele (espelho), e vemos que a distorção não está em nós e sim no outro, degladiando com a sua própria imagem.
A sua beleza interior ofuscou...
Não foi vc que perdeu...!!
Lacan disse que somos seres faltantes.
E, por isso, desejamos.
Acontece que, às vezes, há mais falta que desejo. E ele faz uma falta!!!

Beijo no seu coração

Arcanjo disse...

Obrigado por suas palavras de carinho minha linda, sua preocupação comigo me deixa muito feliz, é bom saber q tenho amigos como você... bjos...

Dois Rios disse...

Querido Arcanjo!

Penso que a sublimidade do amor está para além do que pensamos e/ou sentimos. Nós somos a causa e o efeito do amor que damos e recebemos. Enfim, se houve amor, sempre valerá todas as penas.

Beijo, doce menino!
Inês

Arcanjo disse...

Obrigado Inês, já disse sabiamente Fernando Pessoa uma vez, "tudo vale a pena se a alma não é pequena..," im grande abraço pra vocÊ também...

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Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.