Em meu peito
existe um grito preso.
É só um grito, mas
é mais escuro que noite sem lua,
pesa mais que uma
tonelada de tijolos.
Esse grito preso
em meu peito é frio e quente ao mesmo tempo.
Por vezes tenta
congelar meus sentimentos me fazer egoísta.
E por outras quer
ferver o meu sangue e me fazer revoltar.
Eu tenho em minha
alma um grito preso.
E em minha
garganta e pulmões faltam ar e força suficientes
para poder
expurgá-lo.
Esse grito me
consome aos poucos como a ferrugem corrói o ferro,
Ou a traça
despedaça o livro.
Esse grito por
vezes toma força e forma dentro de mim,
e se debate como
um animal selvagem. Raivoso.
Posso senti-lo
arranhar as paredes do meu interior,
ele quer
despedaçar os porões da minha alma e finalmente
me controlar e
destruir.
Eu tenho algo
preso dentro de mim,
Eu estou preso a
algo em mim.
Eu tenho algo em
mim.
Eu tenho somente a
mim.
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