sábado, 9 de março de 2013

A Libertação da Poesia

Perdeu neguinho, fica na tua e não fala nada.
Nem mesmo se mexa, fica quietinho e mãos ao alto.
Se você não entende, é a poesia invadindo a quebrada
Detonando tudo, tomando a rua de assalto.

Já não é mais aquela dama dos salões nobres
Que a muitos confunde e a alguns poucos fascina
Deixou de lado a empáfia e hoje se mistura aos pobres
E é encontrada nos morros, nos bares e na esquina.

E gosta do pandeiro, do batuque da roda de samba.
Se diverte ouvindo a sanfona gemer no baião.
Ela canta e sorri, à  vontade em casa de bamba
Sem pudor se requebra ao som do forró no salão.

Já não quer mais pompa, luxo ou riqueza.
E sendo assim é feliz de verdade.
No que é comum enxerga a Beleza.
Naquilo que é simples achou liberdade

Perdeu neguinho, fica na tua e não fala nada.
Nem mesmo se mexa, fica quietinho e mãos ao alto.
Se você não entende, é a poesia invadindo a quebrada
Detonando tudo, tomando a rua de assalto.

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Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.