Quando enfim eu passar o Aqueronte,
me despedindo assim da terra do que vive,
e da vida atravessar tão longa ponte,
não lembrarei mais aquilo que não tive.
Não importa mais a dor tão lacerante.
Nem o sangue que jorrava da ferida.
E a mágoa dissipada num instante,
No momento em que Adeus eu der a vida.
Frustrações pelos sonhos não vividos.
Desespero por promessas não cumpridas.
Noites frias de choro convulsivo.
Desamores finalmente esquecidos,
tenho paz enfim na hora da partida,
paz negada a mim enquanto estive vivo.
3 comentários:
Oi
Lindas rimas....
Parabéns...
"travessia ilesa e fria...
onde se encontra o estar sem vida...
deixemo-nos as morosidades do 'ia'...
nos apeguemos apenas a suposta paz ...que agora é vivida!
Gosto quando a dose Gótica surge em sus palavras... ficam intensas,com leve toque de melancolia.Lindo poema!Dizem que o belo as vezes está no ser triste!
Abraço.
César valeu pelo comentário, seja bem vindo pra quando quiser voltar.
Minha bela Dama, sua presença aqui sempre enriquece o meu espaço, obrigado pelo carinho de suas palavras, receber um elogio de quem se admira é sempre muito bom.... Bjos Anjelicais.
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