quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Anjo e a Lua



Quem fez das nuvens do Céu o seu lar,

e nas asas do vento então cavalgava,

sentindo o calor do sol lhe tocar,

enquanto no céu seus vôos alçava.



Buscava na Terra algo encontrar,

O seu peito ardia, algo ele ansiava.

Vencia florestas, atravessou o mar.

E cuidou encontrar o que tanto buscava.



Se enganou e pensou – “Já não vou mais voar.

E tão tola busca eu irei esquecer.

O que tanto busco não vou encontrar,

sem asas estou, me cansei de sofrer.”



Então certa noite olhando a Lua,

sentiu o seu brilho lhe enfeitiçar,

ouvia uma voz ecoando na rua,

que lhe convidava a de novo voar.



“Nenhuma busca é tola se ainda tens vida.

Nenhum caminho é inútil se podes sonhar.

Toda grande jornada traz consigo a partida,

mas no fim há o melhor onde irás repousar”.



O Anjo sorriu e suas Asas abria,

E buscando a Lua voltou a voar.

E enquanto a olhava lhe agradecia,

devolvera a ele razão pra sonhar.

E fez das nuvens do Céu o seu lar.

Um comentário:

guímel disse...

Caro amigo.
Que poema profundo... caracteriza que a esperança sempre se renova. Ela está presente sempre. Mas como é inerente do ser humano procurar a lua escura para esconder-se, e não deixando que os raios solares aquecem o coração.
Surpreendeu-nos!

Bjsss

Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.