segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ÍCARO E AS ÁGUIAS

DE BELAS PLUMAS ELE FEZ SUAS ASAS,
E A TODAS JUNTOU USANDO A CERA.
E OLHANDO NO CÉU O VÔOU DAS ÁGUIAS,
SONHAVA PODER ALCANÇAR AS ESTRELAS.
QUERIA VOAR, IR ALÉM DO INFINITO,
SENTINDO O VENTO TOCAR EM SUAS ASAS.
ACIMA DAS NUVENS ONDE TUDO É BONITO,
DESEJAVA SEGUIR AO ENCONTRO DAS ÁGUIAS.
SUBIU UM ALTO MONTE, PREPAROU SUAS ASAS,
OS OLHOS BRILHAVAM, MIRAVAM O CÉU.
NO OUVIDO ECOAVA O GRITO DAS ÁGUIAS,
TOMANDO CORAGEM ATIRA-SE AO LÉU.
NOS CABELOS SENTIA SOPRAR O VENTO,
EM SUA PELE SENTIA O SOL QUE QUEIMAVA.
E AO ABRIR OS OLHOS VIU NUN MOMENTO,
QUE ELE COMO AS ÁGUIS VOAVA
O CORAÇÃO QUE BATIA FORTE, APRESSADO,
FAZIA O SANGUE CORRER-LHE NAS VEIAS.
E AO MESMO TEMPO ELE OLHAVA ASSOMBRADO,
SUA SOMBRA PROJETADA NAS DUNAS DE AREIA.
"ENFIM LIBERDADE", ELE PENSAVA,
IR MAIS ALTO QUE AS NUVENS, EMOÇÃO EM IGUAL.
MAS PRA SUA DESGRAÇA ENQUANTO VOAVA,
CHEGAVA MAIS PERTO ODS RAIOS DO SOL.
A CERA DERRETE, E QUEIMA SUAS ASAS,
TÃO CRUEL SEU DESTINO, TÃO TRISTE SUA SORTE.
NÃO SENTIA O VENTO, JÁ NÃO VOAVA,
DE ENCONTRO AS MONTANHAS, ENCONTRA A MORTE.
ÍCARO MORRE, CONTUDO QUE ESTRANHO
O SOL NÃO CONSEGUE ROUBAR SUAS ASAS.
VIU VALER À PENA LUTAR POR SEUS SONHOS
POIS POR UM MOMENTO VÔOU COM AS ÁGUIAS.

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Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.