Atribuí a mim mesmo tarefa tão inglória,
entender racionalmente o que é esse tal amor.
Por que e como ele vem? Qual a sua trajetória?
Por que nós o desejamos, se nos causa tanta dor?
Não tendo quem pesquisar, fiz de mim meu objeto.
“É mais seguro – eu pensei – lidar com quem já conheço”.
E ao olhar dentro de mim, vi-me então tão abjeto,
Tive a primeira conclusão, o tal Amor eu não mereço.
Pois em minha curta vida, nessa minha trajetória
O confundi com tantas coisas, em minha busca por verdade,
que agora analisando, meio que contra a vontade
em minha busca pelo ouro, e contentei-me só com a escória.
Procurei pelo amor em tantas bocas e olhares,
Então, triste vi minha busca se reduzir a pó.
Em vão lhe procurei, no chão, no mar, nos ares.
E ao final de cada busca ainda estava só.
Já agora me arrependo de enveredar-me por tal senda.
De tentar compreender algo que eu nunca tive.
Talvez um dia em minha vida eu ainda compreenda,
Que o tal amor não se aprende, que o amor a gente vive...
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