quarta-feira, 19 de março de 2014

Metamorfose

 
Outrora mergulhado em letargia,
sobrevivendo imerso em agonia,
fazendo da tristeza meu quinhão.
Exalava de mim tanta apatia,
que quem olhasse bem então veria,
que em mim já não havia pulsação.
Um coração que quase não batia,
e um sorriso falso que existia
em um viver acostumado à solidão.
Como um barco sem saber aonde ia,
um viajante que assim não conhecia,
a estrada que o levava à exaustão.
Eu caminhava, e por certo só existia.
para ver que o sol nascera no outro dia,
e que nada enfim se transformara então.
E assim minha vida eu seguia,
sem achar que um dia encontraria,
para esta cantilena solução.
Até que eu vi a luz que se irradia,
do rosto de uma moça que sorria,
dissipando então assim a escuridão.
E a sua gargalhada exprimia,
com tanta exatidão sua alegria,
que a mim me serviu de inspiração.
E como a muito tempo não sentia,
em mim brotar sorrisos, percebia,
nascia em mim uma transformação.
Quando ela estava lá, mais nada havia.
e se ela não estava eu não existia.
e voltava a mergulhar em aflição.
Então notei que dela eu dependia,
que por ela e pra ela eu viveria,

e por isto eu faço esta canção.
Minha foto
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e e ví cair em minha frente castelos. Como un anjo voei ao céu mas longínquo, e como um cometa caí. A queda de machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas humano.